Perversa
idade
estrelas nos olhos
pele franzida franjada
nobreza alquebrada
arqueada
espírito luzindo
sabedoria derramada
a mão na bengala
perversidade
da vida
terça-feira, 23 de março de 2010
Evasão
Não sou mais nada
Não sou mais ninguém
Que foi que eu fiz
Pra ser assim
Tão desamada ou
O que foi que não fiz?
A solidão me deixa vazia
Ela dói na minha cabeça
O silêncio ao redor...
Cada um fecha-se
Evade-se.
Não sou mais ninguém
Que foi que eu fiz
Pra ser assim
Tão desamada ou
O que foi que não fiz?
A solidão me deixa vazia
Ela dói na minha cabeça
O silêncio ao redor...
Cada um fecha-se
Evade-se.
Menopausa
Como é que eu cheguei na menopausa
Com este espírito de menina
E esta cabeça de mulher?
É do corpo? É do espírito?
É do mundo?É do céu
Não sei...
Com este espírito de menina
E esta cabeça de mulher?
É do corpo? É do espírito?
É do mundo?É do céu
Não sei...
Divisão de bens
Divisão de bens
De saldos bancários
De contas e sonhos
Cada um na sua
A cama melhor dividida
Cada um no seu espaço
Bem longe
Para não incomodar o sono
E não lembrar de abraços
O tempo
Um mais cedo, outro depois.
De saldos bancários
De contas e sonhos
Cada um na sua
A cama melhor dividida
Cada um no seu espaço
Bem longe
Para não incomodar o sono
E não lembrar de abraços
O tempo
Um mais cedo, outro depois.
Sinfonia
Buscar-te na fantasia
Ao som da melodia
Que fala de amor
Dançar nos teus braços
Todas as músicas que faço
Que falam de saudade e dor
Projetar-se no futuro de outras vidas
Quando então ouviremos juntos
Ao som do piano
Que meus dedos não tocaram
Sinfonias de amor...
Ao som da melodia
Que fala de amor
Dançar nos teus braços
Todas as músicas que faço
Que falam de saudade e dor
Projetar-se no futuro de outras vidas
Quando então ouviremos juntos
Ao som do piano
Que meus dedos não tocaram
Sinfonias de amor...
Algodão doce
Sonhos distantes
Perdidos nos idos da vida
Sonhos não realizados
Apenas sonhados que um dia...
E a vida que se foi
levando os sonhos de algodão doce
O tempo passou ligeiro
Pés de galinha na pele
Os olhos apagando as cores
Como um barco
Que desce a corrente do rio
Minha vida foi saindo
Pelo fio.
Perdidos nos idos da vida
Sonhos não realizados
Apenas sonhados que um dia...
E a vida que se foi
levando os sonhos de algodão doce
O tempo passou ligeiro
Pés de galinha na pele
Os olhos apagando as cores
Como um barco
Que desce a corrente do rio
Minha vida foi saindo
Pelo fio.
Porcelana
Vivo o hoje, o agora
Amanhã, não sei
Uma espada paira sobre mim
E o encanto da vida
Fica tão instantâneo
Como se estivesse no fim.
A alegria se mescla co’apatia
O futuro faz falta pra viver-se contente
Quer-se viver o presente
Com tudo que a vida contém.
Não é mais hora pra tristeza
Não quebremos o resto da porcelana
O amanhã já vem
E não sabemos
O que ele será.
Amanhã, não sei
Uma espada paira sobre mim
E o encanto da vida
Fica tão instantâneo
Como se estivesse no fim.
A alegria se mescla co’apatia
O futuro faz falta pra viver-se contente
Quer-se viver o presente
Com tudo que a vida contém.
Não é mais hora pra tristeza
Não quebremos o resto da porcelana
O amanhã já vem
E não sabemos
O que ele será.
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